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15 direções para o futuro da indústria calçadista

Dizer que o mundo está mudando não é mais nenhuma novidade: é o padrão. Tudo está se transformando e para a Indústria de Calçados não é diferente.

Abicalçados divulgou um estudo que mostra o que as empresas que lideram e inovam o mercado calçadista estão fazendo para construir seu futuro nas áreas de Gestão Industrial, Design, Internacionalização, Marketing e Sustentabilidade.

O resultado são 15 tendências que estão dando a direção para o setor e que gostaríamos de dividir com você:

GESTÃO INDUSTRIAL

  1. Máquinas inteligentes como vantagem competitiva

Máquinas inteligentes irão apoiar a produção industrial ao automatizar sem o auxílio do controle humano e aumentar o desempenho das pessoas como uma extensão de suas habilidades. A agilidade, a redução de custos, a melhoria da produtividade e a capacidade de escala da tecnologia para tarefas específicas oferecem vantagens sobre a demanda do trabalho humano. Em 2018, 50% das empresas de crescimento mais rápido terão menos funcionários do que postos de máquinas inteligentes.

  1. Fabricação distribuída

As tecnologias possibilitam o surgimento de novos processos de fabricação com o potencial de trazer rupturas às cadeias de valor tradicionais. Um exemplo é a impressão 3D, que com seu uso mais comum em espaços compartilhados, fortalecerão movimentos como DIY (faça você mesmo), por exemplo. Desta forma, a fabricação de produtos poderá ser realizada em qualquer lugar do mundo, trazendo novos modelos de negócios e gerando uma ruptura no modelo mercado como ele é hoje.

  1. Comunidades criativas

O crescimento de plataformas de colaboração e inovação mostra uma tendência definida em andamento. No momento, a transformação tecnológica nos leva a uma nova era: Internet, nanotecnologia, biociências, eletrônica, materiais avançados e energias renováveis. A nova indústria surgirá da convergência destas tecnologias com o desenvolvimento de novas habilidades pela empresa e pelo mercado de trabalho, onde inovadores e inventores se tornam fabricantes e se conectam diretamente ao mercado local e global. Por isso, competir e alcançar um maior crescimento exigirá que os fabricantes inovem em produtos e adaptem os modelos de negócios em um ritmo rápido. 

DESIGN

  1. Envelhecimento da população mundial

A expectativa de vida global aumentou de 64 para 71 anos entre 1990 e 2015. O envelhecimento da população aumentará a proporção de idosos em relação aos jovens, o que apresenta por um lado, uma riqueza de habilidades, conhecimento, sabedoria e orientação; por outro, aumento na demanda por serviços de saúde, infraestrutura, finanças, emprego e assistência social. Além de uma série de bens de consumo que deverão ser adaptados e/ou desenvolvidos para este público, passando também pela adequação dos calçados que hoje atendem esse nicho de mercado. 

  1. Humanos potencializados

As barreiras que separam o mundo físico do digital estão cada vez menores. A onda mais recente de tecnologias emergentes promete expandir a capacidade humana para além dos limites naturais de mentes e corpos. As vestimentas e acessórios tecnológicos, conhecidos como wearables, estão rapidamente se multiplicando, e, no prazo de cinco anos, poderão ser meio bilhão de dispositivos a serem passíveis de se conectar ao corpo humano. O potencial dos wearebles potencializa o uso da grande quantidade de dados que eles acessam e refletem questões da segurança sobre essas informações. 

  1. Genderless

A linha entre masculino e feminino está cada vez mais incerta, e isto mudou os limites da indústria da moda, sendo cada vez mais comum ver propostas gender free (sem gênero). Algumas startups estão defendendo que roupas sem identidade de gênero não são mais particularmente transgressivas. Especula-se que esse movimento pode ser o início de uma maneira diferente de as pessoas olharem para as regras de moda, padronização de consumo e identidade de gênero de maneira mais ampla, impactando diretamente a forma que os produtos e serviços são desenvolvidos.

INTERNACIONALIZAÇÃO

  1. Economia global em transformação

As economias emergentes que estavam crescendo rapidamente (Brasil e Rússia) estão agora em recessão. A China, embora ainda cresça a um ritmo melhor em comparação com as economias ocidentais maduras, está passando hoje por um crescimento mais lento. Consequentemente, isso diminui a demanda de commodities importadas, o que reduz os preços globais destes, impactando diretamente o Brasil. A Índia mostra ser uma exceção nesse panorama pelo seu status de importadora de petróleo e produtos básicos. O foco do desenvolvimento de novas oportunidades será em mercados emergentes, que surgirão à medida que estas econômicas avancem em novas indústrias e se conectem com os mercados mundiais. 

  1. Cultura local em mercado global

Há alguns anos a globalização parecia ser algo inevitável. Cada vez mais as pessoas veriam coisas em comum com outras pessoas e culturas de todo o planeta. Essa perspectiva, pelo menos até 2017, não é mais tão clara. Muitas das democracias ocidentais enfrentam a crescente influência de políticos tradicionalistas. Ao mesmo tempo, as fronteiras estão sendo redesenhadas, alterando o que conhecemos originalmente como nações e estados definidos por população e negócios. É certo que a globalização não deixará de existir. As pessoas ainda querem as conveniências e entretenimento que só existem por causa das economias modernas. Mas foi iniciado um novo debate sobre o que significa ser americano, europeu, latino, ou que significa ser um cidadão global. E o que isso significa para as empresas? Isso quer dizer que as marcas precisam ser claras em seus valores, e não ter medos das consequências disso.

  1. O varejo em transformação

Quando as pessoa podem fazer compras on-line e ter seus produtos entregues em suas casas rapidamente, vivem uma experiência fácil e prazerosa. Por isso, as empresas que oferecem esse tipo de experiência nas lojas físicas terão um diferencial na hora de o consumidor escolher uma marca, afinal, essa é a única maneira de justificar um cliente ir até sua loja em vez de fazer compras on-line: é dar-lhe uma experiência que ele não pode obter em qualquer outro lugar. Na verdade, o varejo passa por uma transformação onde não há mais diferença entre lojas físicas e on-line. O cliente conhece o produto na internet e compra na loja física, e vice-versa.

MARKETING

  1. A empresa na sociedade

Atualmente qualquer empresa está exposta à pressão social, sendo julgada imediatamente pelos seus atos, o que abre espaço para interpretações e discussões sobre acontecimentos isolados. O Pacto Global das Nações Unidas lançou em 2015 o Guia de Sustentabilidade Empresarial: Criando um Futuro Sustentável. A publicação apresenta as cinco principais características que definem a sustentabilidade empresarial e mostra as contribuições práticas da maior iniciativa voluntária para a responsabilidade corporativa: negócios baseados em princípios; preocupação social; compromisso de liderança; e transparência como medida de prestação de contas; e ação local. 

  1. Virtualmente presente

Estima-se que o varejo on-line cresça rapidamente impactando mercados de trabalho, modelos de varejo, design, entre outras coisas. Com o conhecimento sobre o comportamento do usuário, é possível criar produtos personalizados e experiências relevantes, gerando maior engajamento e aumento vendas. O surgimento de plataformas de comunicação digital aumenta a quantidade e os tipos de dados disponíveis. O tráfego para o Website, o desempenho da comunicação por e-mail, o marketing das ferramentas de busca, os cliques da propaganda em banners, as métricas do anúncio, etc dão novos insights para as atividades dos stakeholders envolvidos. 

  1. Todos os produtos se tornarão serviços

Acostumados a serviços rápidos e digitalizados, os consumidores hoje exigem apoio ininterrupto e esperam que suas vozes sejam ouvidas. Para eles, o “acesso” a um serviço conveniente, confiável e focado no usuário é mais importante do que a “propriedade” de um produto. Essa mudança no consumidor está impactando também as negociações no âmbito do B2B. Os fabricantes inclusive identificaram a oportunidade de fornecer serviços em detrimento dos produtos. Neste novo modelo econômico todos passam a ser fornecedores e consumidores, seja de bens subutilizados de conhecimento acumulado ou até mesmo de capital.

SUSTENTABILIDADE

  1. Sustentabilidade como estratégia

Vivemos em uma época em que muitas empresas tiveram que reaprender o que significa ser uma empresa responsável. Acredita-se que o surgimento de novas tecnologias que desafiam velhos paradigmas estabelecidos será importante para realmente levar a sustentabilidade ao nível estratégico. Se os consumidores perdem a confiança ou não acreditam no propósito dos produtos e serviços ofertados, as mídias sociais permitem a eles tomar medidas contra essa empresa e criem pressão para mudanças. A sustentabilidade, portanto, se tornou uma questão estratégica para a maioria das corporações.

  1. Escassez de recursos naturais

O desafio que estamos enfrentando é: o planeta é capaz de suportar modelos atuais de produção e consumo? O crescimento da população e o crescimento econômico geram mais demanda, levando a se questionar: como é possível produzir mais com menos? Atualmente, a humanidade usa recursos a uma velocidade 50% mais rápida do que pode ser regenerado pela natureza. Em resumo, o modelo econômico atual do mundo está indo além dos limites da capacidade do planeta. Empresas, governos e comunidade precisam descobrir novas formas de garantir qualidade de vida para as gerações futuras dentro dos limites naturais.

  1. Economia circular

O conceito da economia circular está chamando a atenção como uma forma de dissociar o crescimento das restrições de recursos. Basicamente, a economia circular descreve sistemas que visam minimizar resíduos por meio do reaproveitamento de subprodutos ou materiais descartados, gerando assim novos recursos. Favorecem o crescimento da economia circular fatores como a escassez de recursos, demanda por transparência da cadeia de fornecimento e a tomada de consciência por parte das empresas e consumidores com os resíduos gerados por sistemas de consumo linear. Em um mundo de baixo crescimento e baixo emprego, isso oferece um modelo de crescimento sustentável, especialmente com o potencial da indústria 4.0, que engloba tecnologias para automação e troca de dados e utiliza conceitos de Sistemas ciber-físicos, Internet das Coisas e Computação em Nuvem.  A transformação para uma economia circular otimiza a utilização dos ativos democratizando as oportunidades de criação e geração de riqueza.

Veja o estudo completo aqui: http://www.abicalcados.com.br/15direcoes/